segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Noitada no Anhangava

Uffa... faz tempo que não escrevia, e faz tempo que fizemos nossa madrugada no Anhangava. Mas antes tarde do que nunca, não é? Vamos contar como foi nossa subida noturna para curtir o luar de Curitiba.

Na terça-feira, dia 03 de julho, resolvemos aproveitar o tempo bom e a lua cheia. Saímos do trabalho como de costume, às 19h, já metade equipados e vestidos, prontos para encarar mais uma trilha, novamente mudando o tempero. Munidos de lanternas - imprescindível - nos dirigimos eu (Gandalf), Jeep e Potter em direção a Quatro Barras e ao posto do IAP na base do Anhangava.

Chegamos lá e, ao contrário do que imaginávamos, não fomos os únicos a encarar uma subida no meio da semana: a rua estava lotada de carros e, segundo o vigia do posto, havia mais de 30 pessoas lá para cima. Arrumamos os últimos detalhes do equipamento, preenchemos nossa ficha como de costume, e botamos o pé na trilha. Logo no início começamos a cruzar como o pessoal que descia.

Como em outras experiências, percebemos que a noite na trilha é bastante confortável, desde que se esteja corretamente equipado, é claro! O caminho conhecido facilita as incursões no escuro. A qualidade das lanternas de cabeça também faz toda a diferença. IMPORTANTE: sem estes dois itens, é melhor não se aventurar em trilhas noturnas!

Uma das novidades que levamos para teste foi uma nova aquisição: a GoPro. O grupo está ficando cada vez mais equipado! À noite, o visual é algo totalmente diferente e não menos espetacular. As luzes das cidades se misturam lá por cima: Quatro Barras, Piraquara, Pinhais, Curitiba, tudo vira um punhado de luzes no manto da escuridão.

A Lua brilhava forte no meio de um céu claro e, após sairmos da parte da trilha da mata, foi possível arriscar alguns passos sem lanternas, a luz natural era pra lá de suficiente. Nos deparamos na subida com um grupo que praticava escalada na rocha, aproveitando o bom tempo. Seguimos praticamente sem paradas até o cume, depois de cruzar com quase todos os visitantes daquele dia. Um dica de extrema importância é redobrar a atenção: no escuro a referência de profundidade não existe e isso relaxa mais os sentidos. Ao contrário do que se pensa, o medo é necessário e precisa estar presente para gerar limites para o corpo e evitar riscos desnecessários.

Já no cume, preparamos um delicioso chá quente para nos esquentar. Depois da parada, as jaquetas se fizeram necessárias. Sem o exercício constante, o corpo esfriou rápido, graças à baixa temperatura e o vento que soprava com certa... gentileza. O último grupo que estava no cume desceu logo em seguida e nos vimos sozinhos curtindo aquele espetáculo natural e um momento único. Tem experiências que são necessárias na vida das pessoas, essa é uma delas.

Podemos dizer que dá para aumentar aquele ditado que diz: "para alguém ter vivido bem deve, pelo menos, plantar uma árvore, ter um filho e escrever um livro". Para o minhocas fica assim: "...plantar uma árvore, ter um filho, escrever um livro, subir uma montanha e subir uma montanha à noite"!

Nossa subida levou o tempo normal de aproximadamente 1h10 e a descida, bem tranquila, levou 1h. Quando chegamos embaixo só restava nosso minhocomóvel. Demos baixa na ficha do IAP e retornamos, com mais uma aventura no currículo e com um prazer indescritível. Trabalhar no dia seguinte seria fichinha, mesmo chegando em casa lá pelas 2h da madruga. Nos resta, então, começar a planejar nossas trilhas com temperos diferentes, sem esquecer da segurança sempre. Até a próxima.

Abraços, Gandalf.
Minhocas Uh Ha Ha

Foto 01 - saída para trilha: Jeep, Potter e Gandalf
Foto 02 - primeira parada para foto de Curitiba
Foto 03 - captura das luzes de Curitiba no cume do Anhangava
Foto 04 - chá quente para enfrentar o frio da madruga

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